terça-feira, 10 de maio de 2011

Transfusão de sangue sintético salva vida de mulher



      O sangue sintético é uma espécie de Santo Graal em pesquisas médicas. Muitos produtos sintéticos em potencial têm sido desenvolvidos, mas a maioria tem se mostrado decepcionantemente ineficaz.
       O sangue de doador estraga, precisa de refrigeração e podem transportar doenças. Pesquisadores estão buscando alternativas sintéticas que são universais para compensar a falta de suprimentos do sangue de verdade.
       Por isso, é muito significativa a notícia de que um substituto experimental do sangue, derivado do plasma da vaca, foi o responsável por trazer uma mulher australiana de volta da beira da morte.
Tamara Coakley chegou a um hospital em Melbourne em estado muito grave. Um acidente de carro deixou sua medula espinhal danificada, danificou muito seus pulmões e lhe causou um traumatismo craniano e vários ferimentos traumáticos. O acidente ainda deixou-a com uma quantidade perigosamente baixa de sangue no corpo, menos que o suficiente para oxigenar seus tecidos de forma eficaz.
       Para complicar ainda mais as coisas, a religião de Coakley diz que ela não pode receber transfusões de sangue de outra pessoa – o sangue sintéticos, no entanto, não tem esse tabu.
Assim, na tentativa que durou 11 horas para salvar sua vida, uma substância experimental conhecida como HBOC201- feito à base de hemoglobina que transporta oxigênio sintético contendo uma molécula derivada do plasma da vaca – foi levada dos Estados Unidos para Austrália. Dez unidades foram injetadas no corpo de Coakley e, contra todas as probabilidades, a operação vingou e ela se recuperou.
      Esse foi um caso histórico para o sangue sintético como uma opção de tratamento. Considere: o HBOC201 não necessita de armazenamento refrigerado nem de compatibilidade. Pode ficar numa prateleira esperando para ser utilizado por até três anos.
       Ou seja, o sangue sintético poderia resolver os problemas de abastecimento de sangue que assolam hospitais em todo o mundo, além de proporcionar uma solução de perda de sangue em lugares distantes de hospitais, como no Terceiro Mundo ou em campos de batalha.
          Obviamente, qualquer tipo de líquido que substituiria o sangue natural em uso amplo precisa passar por rigorosos testes que vão muito além de um caso singular de sucesso. No entanto, a sobrevivência Coakley marca um enorme salto na direção certa na busca de uma alternativa viável de sangue sintético. [PopSci]


1 comentários:

anonymous disse...
Este comentário foi removido pelo autor.

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